Entrevista com a autora e ilustradora Angela-Lago

A entrevistada da vez é Angela-Lago, autora e ilustradora, que fala um pouco sobre seus livros.  Angela-Lago possui muitas obras publicadas na editora RHJ, dentre eles a coleção Folclore de CasaCasa pequena, Casa Assombrada, Casa de pouca conversa.

    


RHJ: Angela-Lago, conte um pouco da sua trajetória profissional nos serviços sociais e como se tornou escritora e artista plástica?

Angela-Lago: A trajetória foi simples. Era um desejo que começou aos sete anos, ou antes, e que pouco a pouco me guiou em sua direção.

RHJ: Os livros Casa de Pouca Conversa, Casa Pequena e Casa Assombrada, criados em 1993, possuem um formato pouco comum. Uma criança lá em Papagaios disse que são “livros pequenos por fora e grandes por dentro”. Você poderia nos contar como foi criar estes livros e porque eles são “pequenos por fora”? 

AL: Esses três livros foram projetados para caberem dentro de uma caixinha e não, para serem vendidos separadamente. Ganharam prêmios assim. Mas a editora RHJ, apesar dos meus protestos, considerou difícil manter o projeto inicial, cuja produção não era simples, e por isso, hoje vende os livros separadamente. A caixa foi desenhada como uma casa, pois a coleção se chama Folclore de Casa. Ela cabe no bolso da camisa, sobre o coração.


RHJ: Estes três livros, foram os primeiros livros lidos por uma criança que nunca mais parou de ler, de tanto que gostou. Curiosamente, são três livros que partem de histórias orais. Como você pensa este trabalho de reescrita de textos orais, especialmente no aspecto da transformação do suporte dos textos?

AL: Fico muito feliz de saber isso. Tenho o projeto de transformar esses livros em animações interativas para a internet, com esse intuito. Tomara que esses contos ajudem muitas crianças nesse aprendizado e que as levem a querer ler mais e mais. Ah… A rescrita dos contos: eu havia trocado meu computador por um colorido e seguia encantada com as novas possibilidades de diagramação. Por isso as letras fazem trajetos, atravessam os desenhos, conversam com eles. Há alguma coisa de coloquial também no desenho, que funciona, talvez, como os gestos do contador de casos. O texto ondula como a ondulação da voz.

Saiba mais sobre os livros: Casa Assombrada, Casa de Pouca Conversa, Casa Pequena

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