Entrevista com Fábio Amaro

O escritor Fábio Amaro fala sobre sua obra Uma história de Arrepiar. Confira na entrevista abaixo:

RHJ: Fábio Amaro, conte um pouco da sua trajetória profissional como jornalista e escritor? 

Fábio Amaro: Olá a todos leitores do blog da RHJ. Muito obrigado pela oportunidade. É um prazer poder participar deste “encontro” online e, claro, através da obra Uma História de Arrepiar. Esta, aliás, foi a minha primeira obra, eu tinha, se não me engano, 13 ou 14 anos de idade, quando foi publicada. A minha gratidão imensa à RHJ, pois dali em diante tive outros livros lançados, e ainda ingressei no ramo do jornalismo, acadêmico e profissional. E, com certeza, a publicação do primeiro livro foi o impulso para toda a sequência de meus estudos e trabalhos. 

Hoje, tenho 32 anos e vivo na cidade de Nova York (desde o ano de 2001). Sou formado em Jornalismo (pela UNI-BH), e atuei como correspondente internacional do jornal Hoje em Dia nos Estados Unidos por, praticamente, 9 anos. A cobertura da tragédia do World Trade Center foi o começo e também o meu maior e mais intenso trabalho realizado até agora. Além do Hoje em Dia, escrevi também para revistas brasileiras, como a Chiques e Famosos e Revista Encontro, cobrindo notícias de Nova York para ambas. 

Em 2008, lancei um jornal nos Estados Unidos, chamado Green Card News, que hoje também tem uma versão publicada mensalmente no Brasil, mais especificamente no estado de Minas Gerais, região do Triângulo Mineiro. Sou autor de 6 livros, sendo que 3 foram lançados pela RHJ. Sou eternamente grato ao Rafael Borges, proprietário da editora, e o considero como o meu padrinho literário. Atualmente, além do jornal Green Card News, trabalho também para um escritório de advocacia em Nova York, que atende a área de imigração.

RHJ: Há dezoito anos a RHJ publicou sua obra Uma História de Arrepiar, pequena ficção que trata de uma viagem no tempo e aponta para sérios problemas de agressão ao meio-ambiente. Você poderia nos falar um pouco sobre o contexto em que a obra foi escrita?

FA: Participei de um concurso de redações entre colégios da cidade de Patos de Minas (onde nasci) e região, e fui classificado entre os melhores textos. A ideia da história partiu da minha própria imaginação, talvez com influência de filmes, de televisão e de algum outro livro que havia visto. A máquina do tempo é interessante, pois dá flexibilidade para o autor "viajar" no texto, poder ir e voltar no tempo, e assim a sequência acaba ficando cativante, intensa e até misteriosa. 

Coincidência que, hoje, no jornal Green Card News, temos uma coluna chamada 'Máquina do Tempo', que exibe fotos de lugares, mostrando como eles eram antes, e como são hoje. Acho que fugir do padrão comum de textos, artigos, estilos de livros e poesias sempre foi o meu estilo. E, acredito, já dava mostras desse diferencial desde os meus 14 anos, quando "lancei" a ideia da máquina do tempo.

RHJ: Como você lê, hoje, a obra Uma História de Arrepiar (tanto em seu aspecto temático quanto literário)? Qual seria, em seu ponto de vista, a relevância desta obra no contexto atual? 

FA: Esse mesmo livro poderia ser lançado hoje, e não há 18 anos, que teria, talvez, o mesmo impacto. A máquina do tempo, na obra, parece que estava realmente certa. Veja, por exemplo, como está o meio ambiente, hoje, no mundo, a começar pelo Brasil, na região da floresta amazônica. Leia e estude sobre o aquecimento global nos dias atuais, no Brasil e no mundo. Essa transformação do homem e do mundo está relacionada diretamente ao capitalismo. 

A competição capitalista e a busca pelos lucros a qualquer custo colocaram a vida do homem e todo o universo em sérios riscos. E, o mais interessante e assustador, é que não há sinais de melhoras. Falo de sinais verdadeiros e significativos. O que há, a meu ver, dos muitos que mencionam em salvar o meio ambiente, não é nada além de pura propaganda. Candidatos políticos, por exemplo, pegam carona nessa de "vamos lutar pelo verde", mas com outras intenções. 

Nos EUA, existe um desses personagens, que agora se tornou até folclórico. No Brasil também há candidatos assim. É preciso haver um pacto mundial, reunindo as maiores lideranças e autoridades de todas as nações, junto a organizações que lutam pela humanidade, para discutirem e olharem o futuro do meio ambiente e do universo. Não sei por onde começar. É difícil. É preciso reunir várias mentes internacionais pensantes e atuantes, e com boas intenções, para buscar soluções. Hoje, o futuro do mundo está cada vez mais próximo do que mostra o final do livro Uma história de arrepiar.

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