Nesta segunda entrevista da coletânea Um pouco mais sobre... vamos conversar com a autora e ilustradora Sandra Ronca , que acaba de lançar seu primeiro livro infantil pela Editora RHJ. Com que bicho você se parece? é um delicioso poema que instiga o pequeno leitor a perceber as diferenças entre os animais e as suas peculiaridades. Com o ritmo divertido dos versos, a autora constrói uma narrativa lúdica e envolvente, proporcionando uma reflexão sobre a importância de preservar, respeitar e cuidar dos animais.
Conheça um pouco mais sobre Sandra Ronca que nos presenteia com um livro divertido e cheio de maravilhosas ilustrações.
Conheça um pouco mais sobre Sandra Ronca que nos presenteia com um livro divertido e cheio de maravilhosas ilustrações.
RHJ: Sandra contar um pouco da sua trajetória profissional como escritora?
Sandra Ronca: Sempre fui tímida, escrevia melhor do que falava. Colocava os sentimentos pra fora na escrita. Na adolescência, curtia uns amores platônicos e escrevia. Quando tive filhos, comecei a escrever pequenos textos ou crônicas, observando o dia a dia. Em 2000, participei de um curso de literatura infantil com a Ieda de Oliveira, na COLL, pois já me interessava pelo assunto.
Tenho textos infantis que datam de 2003, só que a vontade de ilustrar era tanta que não percebia esse conteúdo que tinha em mãos. Mandei alguns textos em 2004 para umas três editoras e depois não enviei mais. Só retomei em 2008, quando apresentei para a Editora Cortez, com a qual estava no segundo trabalho de ilustração, uma boneca que havia montado num curso de Projeto de Livro Infantil com Renata Villanova, no Studio Creamcrackers.
Na ocasião, utilizei um texto de minha autoria “Coitada da raposa!” que foi publicado. Foi muito emocionante ver na tela do computador a resposta: “GOSTEI!!! Vamos contratá-lo e lançar no Salão FNLIJ.” Foi minha estréia como escritora.
Tenho textos infantis que datam de 2003, só que a vontade de ilustrar era tanta que não percebia esse conteúdo que tinha em mãos. Mandei alguns textos em 2004 para umas três editoras e depois não enviei mais. Só retomei em 2008, quando apresentei para a Editora Cortez, com a qual estava no segundo trabalho de ilustração, uma boneca que havia montado num curso de Projeto de Livro Infantil com Renata Villanova, no Studio Creamcrackers.
Na ocasião, utilizei um texto de minha autoria “Coitada da raposa!” que foi publicado. Foi muito emocionante ver na tela do computador a resposta: “GOSTEI!!! Vamos contratá-lo e lançar no Salão FNLIJ.” Foi minha estréia como escritora.
RHJ: Sandra, qual a importância do humor na literatura para crianças e jovens?
SR: Talvez eu seja suspeita pra falar, pois normalmente, sou uma pessoa que brinca e está sempre de bom humor. Acho que o bom humor deixa a vida mais leve, mais gostosa e ajuda nas dificuldades. Receber alguém que não está bem com um abraço e um sorriso é um tremendo facilitador nessa caminhada da vida. A Literatura também pode ser esse abraço, esse sorriso.
Claro que não estou dizendo que as dificuldades não existam ou não devam ser encaradas, discutidas. Há espaço e momento pra tudo.O livro como bom companheiro, seja de gargalhada, cumplicidade ou reflexões faz a diferença. E como criança gosta de diversão, é um modo de introduzi-la à leitura de forma leve e prazerosa. Adoro crianças e brincar com elas. Brinco então, com a fantasia e com as palavras. Tenho a alegria de poder fazer o mesmo com as imagens.
RHJ:O livro Com que bicho você se parece? é escrito em rimas e com uma certa dose de humor. Conte-nos um pouco sobre sua relação com a poesia e diga-nos o que você pensa da importância da poesia na vida das pessoas e, em especial, das crianças.
Claro que não estou dizendo que as dificuldades não existam ou não devam ser encaradas, discutidas. Há espaço e momento pra tudo.
RHJ:
SR: Observei, na infância dos meus filhos, que ambos gostavam das histórias rimadas, dessa brincadeira com as palavras. Ao menos durante uma certa faixa etária. Talvez a das descobertas das possibilidades que nos dá a palavra: torcer, repuxar, emendar, combinar, modificar... isso é mágico! Quando penso nas histórias, as rimas costumam sair naturalmente.
Não tenho a preocupação com a métrica da poesia. Talvez devesse estudá-la, não sei. Por enquanto, deixo que o texto flua por ele, de forma natural. Um relato da infância: Tínhamos uma matéria chamada ‘Literatura’ onde, transcrevíamos duas páginas de poesias para um caderno a cada aula. Claro que era um exercício forçado, mas provavelmente fica algum registro na nossa memória.
Não tenho a preocupação com a métrica da poesia. Talvez devesse estudá-la, não sei. Por enquanto, deixo que o texto flua por ele, de forma natural. Um relato da infância: Tínhamos uma matéria chamada ‘Literatura’ onde, transcrevíamos duas páginas de poesias para um caderno a cada aula. Claro que era um exercício forçado, mas provavelmente fica algum registro na nossa memória.
Quanto à poesia como gênero literário, há quem ame e não viva sem. Questão de gosto. Mas já a poesia, num sentido mais amplo, se faz imprescindível na vida de qualquer ser humano. Há quem a perceba na natureza, na arte, na música, no sorriso de uma criança, num olhar de um cachorro... Sensibilizar a criança com estas possibilidades é uma arte, um dever e grande responsabilidade.
RHJ: Você poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória como ilustradora e sobre seus métodos de trabalho?
SR: Meus pais são artistas plásticos. Sempre lidei com pinceis, tintas, barro, mas nunca imaginei trabalhar com isso. Segui outros caminhos e, mais tarde, a vontade veio chegando, se instalando e crescendo. Tive que trabalhar primeiro a auto estima, para depois mostrar pro mundo o que podia fazer. Ainda venho descobrindo e sigo sempre estudando, pesquisando, arriscando... Fiz cursos diversos, aqui e na Itália. Cada qual acrescentando algo mais.
Fiz uma pós-graduaçãoem Design e Ilustração. Participei de mostras no Brasil, Itália e Japão. Em 2007, publiquei meu primeiro livro pela Editora Cortez à qual sou muito grata. Este ano de 2011 começou bem movimentado: Já estou no décimo segundo livro, com outros contratados. O Com que bicho você se parece? é meu primeiro livro pela RHJ. O livro ficou lindo e bem cuidado. Acho que essa bicharada vai longe!
SR: Meus pais são artistas plásticos. Sempre lidei com pinceis, tintas, barro, mas nunca imaginei trabalhar com isso. Segui outros caminhos e, mais tarde, a vontade veio chegando, se instalando e crescendo. Tive que trabalhar primeiro a auto estima, para depois mostrar pro mundo o que podia fazer. Ainda venho descobrindo e sigo sempre estudando, pesquisando, arriscando... Fiz cursos diversos, aqui e na Itália. Cada qual acrescentando algo mais.
Fiz uma pós-graduação
Meu método de trabalho consiste na leitura do texto, anotações, pesquisas e esboços. Vários não são utilizados. Daí, parto pra boneca a lápis. Após aprovada, parto pra finalização das imagens. Normalmente, eu mesma digitalizo e utilizo o Photoshop para algum ajuste. A escolha da técnica vai um pouco pela sensação que o texto me dá. Normalmente mais vivo, intenso, me leva para a acrílica ou mista. Um texto mais leve, mais místico, pede a aquarela. Não é uma regra, deixo a intuição e o projeto me guiarem.
RHJ: Sandra, qual a importância da ilustração na literatura infantil e juvenil?
SR: Puxa... a ilustração faz parte do abraço que eu citei lá em cima... não só colore, como transforma, complementa, traz novas leituras, possibilidades. É irmã do texto, anda junto, mas tem personalidade própria. Não pode brigar com ele, mas pode brincar, se entrelaçar. É a combinação dos dois, mais o projeto de design, que dá corpo e vida ao livro.
SR: Quando recebi o telefonema para a contratação do texto, eu já tinha vontade de mexer nele mais um pouco. Sabia que ele podia crescer, ficar bem melhor. Alterei o texto que foi bem aceito. A
Quanto às ilustrações, gostaria de ter terminado
2 comentários:
Parabéns, amiguinha! A entrevista está ótima e o livro deve ser delicioso.
Adorei a entrevista, amiga! E o livro deve ser delicioso. Bjs
Postar um comentário